“Na caminhada no planeta a simplicidade de fazer a caridade não está absolutamente ligada às trocas de moedas, a dar as migalhas que sobram, mas está em emprestar o ombro para que o outro possa repousar a cabeça para um descanso, ou seja, ouvir, amparar, incentivar, erguer, ajudar a caminhar… Dependendo do momento, caridade maior é servir uma caneca com água, é fazer um afago, pois numa hora de dor um consolo ainda pode ser o melhor cobertor…
A humildade não está no gesto de lavar os pés, mas sim no gesto do servir, do curvar, do emprestar o agasalho para quem de frio padece… A humildade está no gesto de espantar o orgulho do seu caminhar, no emprestar e dar as suas sandálias para o outro que está com os pés a sangrar…
O perdão não está no simples gesto de perdoar; perdoar é um gesto forte, mas pedir o perdão é um gesto mais nobre… Aquele que não sabe bater no peito e falar mea-culpa, mea-culpa, não sabe também a alegria de dar e receber o perdão, porque a mágoa não abandonou o seu coração… Em coração machucado não existe perdão e nem há como ser perdoado…
É muito importante exercitar, se possível for todos os dias, o verbo amar, porque quando o amor é a força que impulsiona o coração, tudo fica mais fácil…”
Marinheiro, psicografado por Ilacyr Augusto de Souza Oliveira